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Que tal um beijo Saumensch? [A Menina que Roubava Livros]



Tive vontade de dizer muitas coisas à roubadora de livros, sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana – que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes.
Nenhuma dessas coisas, porém, saiu da minha boca.
Tudo o que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminger e lhe dizer a única verdade de que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora.

 * U m a  ú l t i m a  n o t a  d e  s u a  n a r r a d o r a *
Os seres humanos me assombram



A Menina que Roubava Livros. O livro de Markus Zusak é recheado de frases marcantes, que me roubaram as palavras e fizeram com que ficasse fascinada e obcecada por seu conteúdo.
Um dos meus livros prediletos e que, carinhosamente guardo em minhas prateleiras para uma futura releitura.

Muitos são os livros que passam por nossas mãos, poucos os que ficam em nossa mente.

Certamente a história de Liesel Meminger vai cativar você. É um livro realmente envolvente e curioso. Lembro que no último capitulo, chorei.

Com um ponto de vista diferente do que estamos acostumados, a história da roubadora de livros é contada por uma narradora mórbida, a Morte. Elas se encontram três vezes durante o livro. A narradora sempre deixa bem claro quem é.

Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.”

Logo no inicio da história, Liesel é separada da mãe para morar com um casal de alemães. A mãe da roubadora é comunista e a menina possui traços judeus. É importantíssimo ressaltar que a história acontece em 1939, em plena Alemanha nazista.
Quem ensina Liesel a ler é o pai adotivo, Hans, no porão da casa. “Papai” tocava acordeão sempre que possível para alegrar a menina.

“Esta noite papai ficou sentado comigo. Trouxe o acordeão cá para baixo e se sentou perto de onde o Max costumava sentar. Muitas vezes, olho para seus dedos e seu rosto, quando ele toca. O acordeão respirou. Há rugas nas faces de papai. Parecem tensas e, por algum motivo, quando as vejo, sinto vontade de chorar. Não é por tristeza nem orgulho. É só que gosto do jeito de elas se mexerem e mudarem. Às vezes acho que meu pai é um acordeão. Quando ele olha para mim, sorri e respira, eu escuto as notas.”

É com esta nova família que a menina conhece o que tarde demais ela descobrirá ser o amor da sua vida. Rudy. Que vem a ser seu cúmplice em alguns roubos.

“— Quer fugir comigo?
— A gente morreria de fome.
— Eu estou passando fome mesmo!
Os dois riram.”

Em seu novo lar Liesel conhece Max, judeu, filho de um amigo que salvara Hans na primeira guerra. E com ele cria fortes laços de amizade, ensinando ao judeu refugiado a confiar novamente em alguém.

"- Hoje o céu está fosco, Max.
As nuvens estão muito foscas e tristes, e... -
Desviou os olhos e cruzou os braços.
Pensou no pai, indo para a guerra, e puxou
o casaco dos dois lados do corpo.
- E está frio, Max. Faz muito frio..."



A guerra alcança seu ápice na Alemanha.
A rua de Liesel é bombardeada.

Para saber mais vocês terão que lê-lo.


EDITORA – INTRÍNSECA.
480 páginas.


Ah, eu? Jéssica Katyany, muito prazer.





Atualização: Agora estou usando apenas meu blog pessoal, o Guiando Viagens, confira!

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